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Vôlei proporciona inclusão nos Jeps em Ivaiporã

Segunda-feira, 21 de maio de 2018

Última Modificação: 21/05/2018 10:45:34 | Visualizada 364 vezes


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O esporte é uma das maneiras mais comuns de inclusão, principalmente quando a deficiência pode ser um fator excludente em algumas situações. No Brasil, existem aproximadamente 10 milhões de surdos e cerca de 300 mil praticam algum tipo de esporte – segundo levantamento do Estadão.

Na fase regional dos Jogos Escolares (Jeps) de Ivaiporã, uma atleta chama atenção: Ana Cristina dos Anjos dos Santos, 15 anos, que é aluna do Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto/Grandes Rios. Ana Santos é surda e se destaca pela coordenação motora e facilidade na aprendizagem.

“É um prazer poder tê-la na minha turma, porque ela é muito inteligente e, mesmo não tendo tradutores de Libras [Língua Brasileira de Sinais] no Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto, a atleta se esforça e conseguimos fazer com que se sinta incluída”, disse a professora Erlice Morais Meira, que comanda o projeto de vôlei no Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto, há 2 anos, com o professor Pedro Henrique da Silva Gaspar.

As equipes da instituição treinam tanto em projetos hora-treinamento, quanto em horários alternativos em que os professores fazem trabalhos voluntários.

Apesar da dificuldade em se comunicar, a aluna fez questão de contar um pouco da própria história. Ana Santos foi transferida para o Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto, há pouco mais de 2 meses. O estabelecimento de ensino fica na área rural, com aproximadamente 140 alunos e 40 participam da programação de treinamento de vôlei. “Quando cheguei fui muito bem acolhida pelas minhas colegas e me sinto em casa. Por isso, entrei na equipe para jogar”, contou a jovem com a ajuda das amigas que tentavam traduzir de forma precisa o que ela estava dizendo.

“Começamos a pesquisar no YouTube e estamos aprendendo Libras por conta própria. Ana Santos é muito legal e queremos entender tudo que ela tem para contar”, explicou Luana da Silva Rodrigues, que estuda na mesma série que a atleta e é também companheira de time.

A união da equipe demonstra que, para os jovens, o que importa é a amizade e o companheirismo. Para isso, não existem barreiras que os impeçam de viver momentos legais e divertidos. “Acho muito legal a inclusão, porque ensinamos muitas coisas a Ana Santos. Mas também aprendemos. É uma troca de experiências e serve de aprendizado para a nossa vida”, comentou Luana Rodrigues.

O vôlei é um esporte coletivo, com muitos gritos, barulho da bola e apito do árbitro. As dificuldades poderiam ser uma barreira para Ana Santos, mas ela se apoia no esporte para progredir. “Concentração e vontade de aprender são fatos incríveis que vejo nela. Ana Santos se esforça e demonstra facilidade em questões que as colegas, às vezes, têm muita dificuldade”, explicou a professora que tem a companhia da jovem atleta em diversos treinos da categoria B.

Erlice Meira também disse que a aluna possui uma excelente escrita ao contrário do que geralmente acontece com pessoas com o tipo de deficiência da Ana Cristina. “Ela tem um Português excelente, por isso, quando não consigo me comunicar fazendo mímica, escrevo e ela me responde e muito bem”, contou a professora.

Os Jeps são promovidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Turismo, Núcleo Regional de Educação, e Prefeitura de Ivaiporã, por meio do Departamento Municipal de Esporte.

Marinna Protasiewytch
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Fonte: Secretaria de Estado do Esporte e Turismo

Vôlei proporciona inclusão nos Jeps em Ivaiporã Crédito: Marinna Protasiewytch
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